Façamos Silêncio
Em meio ao burburinho ensurdecedor onde todos falam e nada se pode escutar, nos afastemos do gládio acalourado das palavras, nos recolhendo ao cantinho honroso de nossa insignificância, e humildemente façamos silêncio!
Sobre pesadas refregas verbais, onde forças contrárias digladiam entre si, não poupando nem a razão e tão pouco o bom senso, afastemo-nos sem demoras do gládio desnecessário das palavras, e humildemente façamos silêncio!
Perante os inimigos ferrenhos, que se levantam odiosos no interior do lar, ainda recalcitrantes sobre passados escabrosos, a nos arremessar o punhal fino das palavras, saibamos nos afastar do ricochete ferino das intenções, e humildemente façamos silêncio!
Perante os inimigos seculares que nos espreitam pelas vias comuns da vida, ansiosos por travar disputas acaloradas no campo das palavras, roubando-nos a paz e dilapidando o nosso equilíbrio, saibamos nos afastar destas provocações maliciosas e mesquinhas, e humildemente façamos silêncio.
Nas horas do dia em que a ansiedade quiser nos roubar a paz, arrojando-nos por sobre as discussões estéreis e improdutivas em torno do nada ou de coisa nenhuma, saibamos identificar a cilada das palavras, afastando-nos do caos destas discussões tão maléficas ao equilíbrio, e humildemente façamos silêncio.
E em fazendo silêncio, não deixemos a nossa mente ziguezaguear pelos pedregais do ódio, da raiva e das vinganças torpes. Imediatamente valendo-nos da profilaxia do silêncio, aproveitemos estes instantes para humildemente voltarmos ao Evangelho de Jesus, recordando o Meigo amigo a nos dizer:
"Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não; pois o que passa daí, vem do Maligno."*
Alma querida, saibamos trabalhar a humildade do silêncio, administrar o silêncio e valorizar o silêncio interior, lembrando que nas bocas vigilantes, não penetram as moscas do arrependimento.
Scheilla
*MT 5.37
Médium
J Avellar
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