O Bom Combate

Voltando à Pátria Espiritual, depois da morte, estamos frequentemente na condição daquele filho pródigo da parábola, de retorno à casa paterna para a benção do amor.
 
Emoção no reencontro.
 
Alegria redescoberta.
 
Entretanto, em plena festa de luz, quase sempre desempenhamos o papel do conviva de cérebro deslumbrado, trazendo espinhos no coração.
 
Por fora, é o carinho que nos reúne.
 
Por dentro, é o remorso que nos fustiga.
 
Vanguarda que fulgura.
 
Retaguarda que obscurece.
 
Êxtase e dor.
 
Esperança e arrependimento.
 
Reconhecidos às mãos luminosas que nos afagam, muitos de nós sentimos vergonha das mãos sombrias que oferecemos. 
 
E porque a Lei nos infunde respeito à justiça, aspiramos a debitar a nós próprios o necessário burilamento e a suspirada felicidade. 
 
Rogamos, dessa forma, a reencarnação, à guisa de recomeço, buscando a tarefa que interrompemos e a afeição que traímos, o dever esquecido e o compromisso menosprezado, famintos de reajuste. 
 
Agradece, assim, o lugar de prova em que te situas. 
 
Corpo doente, companheiro difícil, parente complexo, chefe amargo e dificuldade constante são oportunidades que se renovam. 
 
Todo título exterior é instrumentação de serviço. 
 
A existência terrestre é o bom combate. 
 
Defeito e imperfeição, débito e culpa são inimigos que nos defrontam. 
 
Aperfeiçoamento individual é a única vitória que não se altera. 
 
E, em toda parte, o verdadeiro campo de luta somos nós mesmos. 
 
Chico Xavier (médium)
Emmanuel (espírito)
Livro: "Justiça Divina"

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

“Tudo que é seu encontrará uma maneira de chegar até você.”

O Nó do Afeto - Reflexão

Com Deus me deito, com Deus me levanto