A bênção do Trabalho

O trabalho é uma lei natural. 

Da mesma forma que a alimentação e o sono, ele é imprescindível para uma vida equilibrada e saudável. 

A necessidade de laborar constitui um precioso auxiliar do progresso. 

Ao movimentar seu corpo e sua inteligência para atingir um objetivo, o homem aprimora-se. 

No setor profissional a criatura vê-se obrigada a certas disciplinas que depois carreia para os demais setores de seu viver. 

Em sua profissão, a pessoa precisa observar horários, ser gentil e cordata, acatar determinações dos superiores. 

Essa disciplina, com o tempo, burila os aspectos mais ásperos da personalidade. 

A obediência gradualmente vai reduzindo o âmbito de atuação da vaidade e do orgulho. 

A pontualidade torna-se um saudável hábito, que evidencia respeito pelos semelhantes. 

A gentileza, a princípio forçada, lentamente torna-se um modo de ser. 

A inteligência, ao concentrar-se na solução de específicos problemas, ganha novo brilho e expande-se. 

Assim, sob os aspectos intelectual e moral, o trabalho é uma bênção. 

Mesmo quem possui fortuna, necessita trabalhar como um imperativo de equilíbrio. 

É que o desempenho de um ofício dá ao homem a possibilidade de ser um elemento útil na sociedade. 

Essa sensação de utilidade faz bem ao ser humano, permitindo-lhe vislumbrar uma finalidade maior em sua existência. 

Contudo, muitas pessoas consideram o trabalho como se fosse um castigo. 

O final de semana é aguardado como uma libertação, ao passo que a segunda-feira é amplamente lastimada. 

Grande contingente de homens deseja aposentar-se o mais cedo possível. 

Eles não se preocupam se com isso se tornarão pesados para a sociedade, por inúmeras décadas. 

No anseio de livrar-se do dever de trabalhar, contam em anos, meses e dias o tempo que falta para sua aposentadoria. 

Tal modo de pensar e sentir evidencia uma percepção equivocada do viver. 

A vida não possui como objetivo o descanso. 

Descansar de forma periódica e temporária é necessário para a restauração das forças. 

Mas a finalidade da vida é o aperfeiçoamento contínuo, proporcionado pela utilização dos próprios talentos na construção de um mundo melhor. 

Ao tornar-se inativo, todo organismo vivo tende para a decrepitude. O movimento e a atividade garantem a manutenção do vigor. 

O problema é que muitos se equivocam na escolha de suas atividades. 

A ganância frequentemente faz com que a profissão seja escolhida mais pela boa remuneração que proporciona do que pela vocação. 

Ocorre que desempenhar voluntariamente uma atividade de que não se gosta, podendo-se optar por outra, constitui um enorme peso colocado sob os próprios ombros. 

O trabalho não se destina somente a garantir a sobrevivência. Ele também deve proporcionar satisfação íntima. 

É o que se dá quando alguém sabe que faz bem algo de que gosta e que possui utilidade para os outros.

Mas mesmo quando não se ama a profissão exercida, é possível desempenhá-la com competência e boa vontade. 

Basta que o profissional sinta que está fazendo sua parte na construção de um mundo melhor. 

Que ele vislumbre a importância do que faz para a harmonia do meio social em que se insere. 

Assim, ame o seu trabalho. 

Considere-o uma bênção que o auxilia a ser melhor a cada dia.

Redação do Momento Espírita

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