Filhos do Coração

A família no passado, era vista como um agrupamento de pessoas, hoje o conceito se ampliou e podemos aceitar como família um casal com ou sem filhos ou até mesmo pessoas que se unem por afinidade.

Este conceito se aproxima da ideia espírita, pois aprendemos no Evangelho que os verdadeiros laços não são da consanguinidade, mas os laços de afinidade espiritual.


O espírito tem a necessidade da constituição familiar terrena, pois é através deste instrumento que teremos a construção da família espiritual.


Portanto temos dois tipos de família: a corporal e a espiritual. 

Esta primeira está ligada pelos laços de sangue, são frágeis como a matéria que nos reveste e se extinguem com a morte do corpo físico. Já a espiritual é duradoura, pois amamos pelo espírito e os sentimentos não acabam, mas se perpetuam na vida espiritual.


Quando encontramos pessoas que não são parentes carnais, mas que pertencem a nossa família espiritual, é uma adoção, pois escolhemos por afinidade.


 A mais linda adoção é receber filhos alheios, como nossos, pois são filhos es- colhidos por amor. 

Não importa se são difíceis ou não. 

O importante é dar-lhes compreensão mais profunda, para que sua existência seja menos difícil, pois já trazem a insegurança da vida passada. 

São oportunidades de se perdoar ódios e vinganças do passado


Em existências pretéritas, muitos de nós, agimos com crueldade, com ingratidão, em famílias bondosas, que muito fizeram para ajudar, ocasionando aflições e por vezes sacrifícios.


 Com o desencarne, percebe-se a extensão desses erros e a consciência mostra estas faltas cometidas.


A oportunidade aparece em reencarnar nesta mesma família para reparação. 

Mas a experiência mostra que nestas circunstâncias só é permitido ter a convivência na posição de filhos alheios, a fim de aprender o verdadeiro amor em alicerces da humildade.


Estes pais precisam ter o

diálogo com estes filhos, para o conhecimento da verdade, mostrando que agora são filhos do coração e que buscam o reajuste afetivo neste lar. 

Para o filho do coração este aprendizado ao encarnar em uma família mais evoluida espiritualmente, pode trazer pertubações ao meio, mas ao receber bons exemplos e conselhos, se for bem conduzido, conseguirá cumprir sua missão em se elevar e ofertar a outros também novas oportunidades.

Somos todos filhos de Deus!



Lúcia Ribeiro 

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